Setor de máquinas tem melhor desempenho do ano

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Os últimos três meses foram os três melhores meses desde 2016

De acordo com o boletim conjuntural divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de. Máquinas e Equipamentos (Abimaq) a indústria do setor teve um bom desempenho em outubro. Os fabricantes tiveram alta de 16% no faturamento em relação ao mesmo mês do ano passado, somando R$ 14,6 bilhões. Com isso, no ano, o avanço é de 0,7%.

Segundo o presidente da entidade, José Velloso, o impulso veio de setores que foram pouco afetados pela pandemia como celulose, automotivo e alimentício e do aquecimento do mercado interno. “O setor de máquinas só teve queda de faturamento em abril (em 2020). A partir de maio, começou a crescer. Os últimos três meses foram os três melhores meses desde 2016”, destacou.

Em outubro a receita interna cresceu 16,9% em relação ao mesmo período de 2019 e no ano avanço nas vendas internas de 5,1%. Na exportação em dólar houve retração de 8,8%, no entanto menor que nos outros meses. No ano este segmento acumula queda de 32% e de janeiro a outubro foram 26% de baixa nas receitas. Por setores o segmento de máquinas para a agricultura caiu 1,3% mas em outubro a alta foi de 16,9%, sendo o que teve menor retração nas exportações anuais.

Para a entidade “a recuperação das exportações ainda é uma incógnita diante da ameaça da segunda onda de Covid-19 nos países desenvolvidos. O fechamento das fronteiras, restrição para a comercialização e baixa demanda limitam a normalização das vendas para o exterior”, aponta o boletim.

Na importação houve recuo pelo sétimo mês consecutivo. Em outubro foram US$ 1,1 bilhão, bem abaixo do primeiro trimestre do ano que teve média de US$ 1,7 bilhão. Na comparação interanual a queda nas importações em outubro foi de 27% e no ano baixa de 9,6%. Em máquinas agrícolas o volume caiu 27,8% no acumulado do ano. Em outubro houve alta de 24,5% devido a implantação da nova safra.

Segundo a Abimaq o setor terminou outubro com um nível de utilização de capacidade instalada de 73,7%, ainda longe do nível mais próximo de 90% que começaria a instigar os empresários a investir em ampliação de suas instalações. Não foi registrada falta de insumos mas ocorreram alguns atrasos nas entregas. A entidade espera que a situação normalize até o fim do ano.

Agrolink

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